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Mantendo a tradição de participação em fóruns jurídicos nacionais, advocacia paranaense marca presença na XXII Conferência Nacional
A advocacia paranaense marcou presença na abertura oficial da XXIII Conferência Nacional da Advocacia, realizada da manhã desta segunda-feira (27), em São Paulo. Centenas de advogados de todo o estado irão acompanhar as palestras, entre eles o presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, o vice-presidente, Airton Molina, a secretária-geral, Marilena Winter, o secretário-geral adjunto, Alexandre Quadros e o tesoureiro, Fabiano Baracat.
Também estão os conselheiros federais Juliano Breda e Flávio Pansieri, que integram a programação dos painéis oficiais do evento ao lado do ministro Luiz Edson Fachin e dos juristas Eduardo Talamini, Clèmerson Merlin Clève, Melina Fachin e Marçal Justen Filho, além da diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados e da OABPrev-PR, conselheiros federais e estaduais, dirigentes de Subseções e presidentes de comissões da Seccional.
Cerca de 20 mil participantes lotaram o Pavilhão de Exposições do Anhembi para a solenidade de abertura. A sessão solene contou com os pronunciamentos do presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, da ministra Cármem Lucia, presidente do Supremo Tribunal Federal, do presidente da OAB São Paulo, Marcos da Costa, e do presidente da OAB Espírito Santo, Homero Mafra, que saudou os participantes em nome dos demais dirigentes de seccionais e destacou a força da OAB junto à sociedade civil.
“Quanto maior o vínculo com a cidadania, maior a nossa força de defesa da vida, da democracia. Vivemos tempo difíceis, a advocacia cabe denunciar todos os ataques a democracia. Nós somos assim. Unida sob a direção de Lamachia faremos a defesa da democracia”, afirmou Mafra.
O anfitrião do evento, Marcos da Costa, destacou os momentos em que São Paulo sediou conferências nacionais – em 1960, 1970 e 2017. “Nesta edição, sob a sombra de uma grave crise no país, voltamos a figurar como anfitriões. Viemos reafirmar nossa posição na defesa dos pilares da democracia “, disse. “Vamos trabalhar na construção do edifício do civismo, erguendo as bandeiras da liberdade, defendendo a democracia. Estamos cientes da nossa responsabilidade perante a sociedade”, completou Costa.
Em um breve retrospecto histórico, Carmem Lúcia, frisou que em alguns momentos, como o atual, a defesa da democracia torna-se urgente. “De 1958 até hoje, muitos direitos fundamentais foram conquistados, mas não foram efetivados. O texto da lei não é suficiente para garanti-los. Nossa história dá notícias de um Estado que não respeita esses direitos. Neste contexto, a OAB é a manifestação de uma sociedade viva e que luta pela efetivação dos direitos fundamentais. Superar a intolerância é o desafio da sociedade hoje, o princípio da solidariedade nunca foi tão necessário”, sustentou a ministra.
Claudio Lamachia encerrou a solenidade de abertura destacando o papel da Ordem dos Advogados do Brasil. “A OAB figurou no processo de redemocratização do país como um farol da sociedade. Por isso foi vítima de retaliações e atentados, como o que vitimou a secretária da OAB Lyda Monteiro da Silva”, afirmou. Lamachia argumentou que, ao contrário do binarismo da ditadura, a democracia é multifacetada e a única capaz de executar o previsto na Constituição.
Até a quinta-feira (30) o maior evento jurídico da América Latina reúne dezenas de milhares de advogados de todo o país para debater temas ligados à classe e à sociedade brasileira. Nesta edição, serão realizados 40 painéis, com mais de 270 palestrantes, além de dezenas de eventos paralelos.
Fonte: OAB-PR